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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Manifestantes são feridos em ato contra aumento de passagem, em PE


Manifestantes ficaram feridos durante confronto com policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar no Centro do Recife nesta sexta-feira (12). O protesto era contra o aumento da passagem de ônibus na Região Metropolitana, votado e aprovado nesta sexta-feira na sede Grande Recife Consórcio e Transporte.
A confusão começou em frente ao Fórum Tomás de Aquino. Os agentes da PM lançaram bombas de gás para tentar conter os manifestantes que furavam o bloqueio. “Desde o começo a polícia quis comandar o percurso da gente. Chegou um ponto em que eles queriam que a gente fosse para um lado e nós queríamos para o outro. Quando conseguimos driblar, eles começaram a jogar bomba de gás. Atingiu idoso, criança, gente que não tinha nada a ver", contou Roberto Leandro, coordenador do Diretório Acadêmico de direito da Universidade Católica de Pernambuco.
Ferido no primeiro choque com a polícia, o atendente Marcelo Diniz foi atingido, segundo ele, por estilhaços da bomba de gás de pimenta. “Nosso objetivo era ir até o Grande Recife e ouvir da boca deles a decisão do aumento, para então fazermos uma assembleia e decidir o que faríamos do movimento. Só que a polícia não deixou e começou a jogar bomba, tivemos que correr, é um absurdo”, reclamou Marcelo.
Muitos estudantes ficaram assustados e saíram correndo. Pessoas que passavam pelo local também não entendiam o que acontecia. "Eu vim aqui no Mercado de São José comprar algo para comer, quando vi tudo fechando, gente correndo. Só ouvi os tiros e as bombas", contou o aposentado José Arimateia, que se escondeu para fugir da confusão.
Depois de dispersados, os estudantes se reuniram novamente na Faculdade de Direito, na Boa Vista. Após assembleia, resolveram sair em passeata. “Nosso intuito é que a população se agregue ao movimento, queremos fazer um ato pacífico”, disse Alesson Barbosa, presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco, momentos antes de o grupo sair da faculdade e fechar a Rua Princesa Isabel.
Com o fechamento da via, policias do Batalhão de Choque se aproximaram mais uma vez. O clima era de tensão. Parte dos estudantes havia entrado em acordo com a polícia, para fazer uma caminhada até a sede da Ordem dos Advogados do Brasil. A rua foi liberada apenas por poucos minutos. A outra parte do grupo, que não queria ser escoltada mais uma vez pela polícia, voltou a fechá-la.

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